19 junho, 2010

Aos Vencedores.

Parabéns aos vencedores do painel de Extremos:


Eduardo Nasser
Ivo Assis
Mateus Félix
Samuel Rosa

pelo melhor pré-projeto apresentando entre os candidatos a extremos.

Segue abaixo o pré projeto do grupo escolhido:

Tema requerido: Extremos da Tolerância Humana

Seja por fatores ambientais, circunstâncias adversas ou mesmo pelo ideal próprio de autossuperação, o homem vive se deparando com situações em que seu organismo tem seus limites testados. E ao forçar-se para alcançar ou mesmo ultrapassar tais limites, o organismo pode sofrer danos temporários ou até mesmo irreparáveis. Por outro lado, muitas vezes o organismo pode se superar ao encarar situações extremas, tornando-se mais adaptado e resistente - expandindo seus limites. E é importantíssimo que se estude o comportamento do organismo em situações assim para que se possa explorar as capacidades, reduzir as limitações e até tratar dos danos por elas causados.

Com as profundas e abruptas alterações que ser humano provoca no planeta e em seu microambiente, as suas condições de vida também são constantemente afetadas. E nem sempre tais alterações acontecem num ritmo adaptável ao organismo, que é forçado aos seus limites para adaptar-se ao ambiente. Um exemplo bem visível nos dias de hoje é o "stress" (estresse), que é causado por condições externas e pelo estilo de vida do homem moderno: correria, excesso de trabalho, má alimentação... Sem conseguir acompanhar o ritmo de seu "dono", o organismo funciona com dificuldade - mal-nutrido, ciclos circadianos bagunçados, submetido à diversas atividades durante um curto período de tempo... Apresentaremos como é o comportamento bioquímico do organismo nessa situação extrema e até que ponto ele consegue tolerá-la ou não, mostrando os danos causados.

Um outro aspecto mais geral e até mais costumeiro de situação extrema é a situação onde há a sensação de dor física - sinal do organismo de que algo não vai bem. Apresentaremos os mecanismos utilizados para que haja a identificação desse "algo", mostrando as respostas do organismo a esse tipo de situação.

Mas é errôneo pensar somente em aspectos negativos ou danosos dessas situações extremas. É só pensarmos no exemplo de populações que vivem em locais de condições ambientais inóspitas, como os esquimós. O frio intenso, a alimentação restrita, os ciclos circadianos alterados e diversos outros fatores extremos seriam muito danosos a organismos não acostumados a esse ambiente. Mas aí entra a adaptabilidade do organismo humano: depois de algum tempo sofrendo com as variações de temperatura, iluminação, alimentação, etc, o organismo altera seu funcionamento para otimizar seu funcionamento de acordo com as situações ambientais - ou seja, ao testar seus limites, o organismo torna-se tolerante a situações que normalmente lhe seriam danosas.

É essa adaptação que acontece também, em níveis diferentes, na prática esportiva: submetendo o corpo a esforços cada vez maiores, ele vai se adequando à carga a que é submetido e vai superando cada vez mais os limites. Tanto é que um maratonista tem circulação e musculatura que lhe conferem resistência e condicionamento muito diferentes de um ginasta, que tem muito mais força e elasticidade. Não é nosso foco tratar da parte do exercício em si, mas da adaptação aos extremos da tolerância do organismo e como ele faz para contornar seus limites - ou então como ele é danificado pelo esforço excessivo.

Existem ainda muitos tópicos interessantes a serem tratados no seminário e no blog, mas no geral buscaremos tratar da eficiência bioquímica do organismo quando submetido a condições extremas e sobre os possíveis danos causados por tais condições